Desta autora, já tinha gostado muito de «Conduz o teu arado sobre os ossos dos mortos», por isso, quando vi este livro na biblioteca, soube que seria uma boa leitura.
É claramente um daqueles livros que está classificado como literatura infantil, mas que vai muito além disso.
Temos a história em texto e ilustrações de Joanna Concejo de um homem que vive tão atarefado que acaba por perder a sua alma.
Se alguém pudesse olhar para nós lá do alto, veria que o mundo está repleto de pessoas que correm apressadas, transpiradas e muito cansadas, e que atrás delas correm, atrasadas, as suas almas perdidas, incapazes de acompanhar o passo dos donos. Daqui resulta uma grande confusão; as almas perdem a cabeça e as pessoas deixam de ter coração. As almas sabem que perderam o dono, mas as pessoas, frequentemente, não se dão conta de que perderam a alma.
O homem decide então, ficar parado durante algum tempo, até a sua alma o voltar a encontrar.
É uma reflexão bonita e pertinente sobre a sociedade acelerada em que vivemos. Gostei muito e quero ler mais livros desta autora.
Fonte: Mar de Maio