Out with a bang

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E termina assim a série “O conto da aia” (ou The handmaid’s tale) ao fim de seis temporadas.

A primeira temporada é baseada no livro de Margaret Atwood, mas depois a série ganha vida própria.

Numa sociedade onde as mulheres deixam de conseguir ter filhos, um grupo deita abaixo o governo dos Estados Unidos e ergue Gilead, onde as mulheres férteis vivem em casa dos patrões com o único propósito de dar à luz. Depois disso, os filhos são-lhes retirados e educados pelos patrões. E claro, como muitos fanáticos, usam a bíblia para justificar as suas escolhas:

Vendo Raquel que não dava filhos a Jacó, teve inveja de sua irmã, e disse a Jacó: Dá-me filhos, se não morro. E ela disse: Eis aqui minha serva Bila; coabita com ela, para que dê à luz sobre meus joelhos, e eu assim receba filhos por ela (Génesis)

Gilead é uma sociedade patriarcal onde mesmo as mulheres dos homens mais poderosos não podem ler, nem escrever, não têm voz. Querem-se caladas e subservientes. 

Ao longo destas temporadas, tivemos a oportunidade de conhecer Gilead a fundo, desde os bordéis onde as mulheres eram obrigadas a prostituir-se até aos trabalhos forçados nas colónias para as mulheres não férteis (onde quase sempre acabavam por morrer), de ver a relação de June e Serena seguir rumos inesperados, de ver as mulheres refugiadas fugirem para o Canadá e serem, primeiro bem recebidas e depois odiadas (onde é que já vimos isto?).

Por fim, as mulheres que só existiam para servir e procriar, que não podiam ler nem escrever juntaram-se contra os seus opressores e calaram o regime que durante tantos anos as calou. Confesso que aquela morte no final me custou bastante mas, tendo em conta os episódios anteriores, já estava à espera e não via outro rumo para aquele personagem. Também me custou que não tivesse havido um final fechado para aquilo que a personagem principal mais queria, mas enfim.

Além disso, ainda teremos uma sequela com a adaptação de «The testaments» da mesma autora.

Ainda assim, achei a cena final genial. Uma das melhores séries que já vi.

Fonte: Mar de Maio

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