Li este livro para o FOMO challenge da Barbara reviews books (ajudou ter ganho o livro no giveaway; além do IG não deixem de visitar o blog da Bárbara). A ideia é ler livros que parece que já toda a gente leu.
Este livro foi publicado em 2015, portanto há 10 anos(!) e fez tanto sucesso que teve direito a uma série da Netflix (que já vi e gostei, mas não amei).
Gostei mais do livro.
Aqui temos duas histórias, passadas durante a II Guerra Mundial, que se encontram. Marie-Laure é uma jovem cega que vive com o pai, o encarregado das chaves do Museu Nacional de História Natural em Paris.
Quando as tropas de Hitler ocupam França, pai e filha refugiam-se na cidade fortificada de Saint-Malo (vale a pena procurar fotografias no Google porque a cidade é lindíssima e foi efetivamente palco de grandes confrontos durante a II Guerra) em casa do peculiar tio Étienne. Com eles, levam uma jóia muito valiosa do museu que supostamente dá vida eterna a quem a possui mas carrega uma maldição (ao mesmo tempo, os nazis percorrem museus à procura de obras valiosas, incluindo esta pedra).
Por outro lado, temos Werner, um órfão alemão que cresce numa cidade mineira onde, aos 15 anos, todos os rapazes começam a trabalhar nas minas. No entanto, Werner tem uma paixão por rádios, consegue arranjá-los e acaba por se juntar à juventude hitleriana e, mais tarde, por se juntar a um colégio hitleriano, onde estuda electrónica, além de aprender a mexer em armas, etc. Inicialmente, gosta bastante do colégio que acaba por ser uma forma de escapar às minas mas, à medida que os instrutores vão sendo mais duros (por exemplo, prendem um prisioneiro a um poste e fazem cada aluno despejar-lhe um balde de água em cima num dia de neve) a sua opinião vai mudando.
Quando ele segue o exército alemão para França, chega a Saint-Malo na véspera do Dia D, onde, inevitavelmente, o seu destino se cruza com o de Marie-Laure.
É um livro bonito, apesar das trevas que o rodeiam (e de haver um capítulo muito duro mais para o final do livro e do final não ser um “e viveram felizes para sempre”). Não estava à espera de gostar muito, porque não costumo gostar de ler histórias sobre a II Guerra Mundial, mas gostei muito deste livro.
Fonte: Mar de Maio